Um incêndio seguido de explosão atingiu, na manhã desta segunda-feira (21), a plataforma Cherne 1 (PCH-1) da Petrobras, localizada na Bacia de Campos, no litoral norte do Rio de Janeiro. Segundo informações divulgadas pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), 11 trabalhadores ficaram feridos, um deles precisando ser resgatado diretamente do mar.
O incidente, que gerou preocupação entre os familiares dos profissionais embarcados e toda a categoria petroleira, ocorreu por volta das 7h25 da manhã. A própria Petrobras teria informado oficialmente sobre o acidente pouco depois de sua ocorrência, conforme divulgado nas redes sociais do sindicato.
O que se sabe até agora sobre a explosão na plataforma PCH-1
Incêndio e explosão causam feridos
Segundo o Sindipetro-NF, houve uma falha no escoamento de gás, o que provocou o início do incêndio. A gravidade da situação se agravou com uma explosão subsequente, exigindo uma resposta emergencial imediata. As comunicações da plataforma chegaram a cair, e o protocolo de segurança foi ativado com o envio de embarcações especializadas em combate a incêndios.
Dos 11 feridos, ainda não há informações detalhadas sobre o estado de saúde de cada um, mas todos foram encaminhados para atendimento médico emergencial na cidade de Macaé (RJ). Um dos trabalhadores foi resgatado diretamente do mar, o que revela a dimensão da emergência enfrentada no momento do acidente.
Fogo controlado e trabalhadores em segurança
Apesar do susto, o incêndio foi controlado por embarcações de combate ao fogo, e todos os mais de 170 profissionais que estavam na unidade foram declarados fora de risco, de acordo com informações preliminares. O Sindipetro-NF reiterou que, após o controle das chamas, a situação foi estabilizada.
O sindicato, no entanto, alertou para a necessidade de uma apuração rigorosa das causas do acidente, uma vez que se trata de uma atividade de risco elevado e de relevância nacional.
Histórico de incidentes na Bacia de Campos reacende debates sobre segurança
A Bacia de Campos é uma das regiões mais importantes para a produção de petróleo no Brasil. A plataforma Cherne 1 (PCH-1) é operada pela Petrobras há décadas e tem sido um ponto estratégico para a exploração de hidrocarbonetos no litoral fluminense.
Este novo acidente reacende um debate constante sobre a segurança operacional em plataformas marítimas, especialmente diante de um histórico de ocorrências que já envolveu vazamentos, incêndios e até mortes em anos anteriores.
Exigência por transparência e responsabilização
O Sindipetro-NF, que representa trabalhadores do setor na região, afirmou que acompanhará de perto a apuração dos fatos e exigirá transparência nas investigações internas da Petrobras, bem como providências efetivas para garantir a integridade física e mental dos trabalhadores embarcados.
Além disso, a entidade sindical reforçou que as empresas do setor devem se comprometer com a modernização dos equipamentos, revisão de protocolos e melhoria nas condições de trabalho, sobretudo diante do crescimento da produção e das exportações brasileiras de petróleo.
Próximos passos: o que esperar agora
A Petrobras ainda não divulgou um comunicado oficial mais detalhado sobre o acidente, mas é esperado que a companhia preste esclarecimentos à sociedade, ao governo e aos familiares dos envolvidos. Também é provável que órgãos como a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Ministério do Trabalho sejam acionados para inspecionar as condições da unidade.
Enquanto isso, o setor de petróleo e gás observa com atenção o desdobramento desse episódio, ciente de que a segurança dos trabalhadores offshore deve permanecer como prioridade absoluta. Os próximos dias serão decisivos para entender as causas do incêndio e avaliar os impactos sobre a operação da plataforma e sobre a produção da Petrobras na região.
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