O Brasil acaba de dar um passo importante na automação de serviços residenciais com o lançamento oficial do Tomi, um robô de entrega inteligente projetado para atuar em condomínios. Desenvolvido pela multinacional TK Elevator, com produção no Rio Grande do Sul, o Tomi promete tornar o processo de entregas mais seguro, eficiente e prático para moradores, porteiros e administradoras prediais. A inovação surge em meio ao crescimento do comércio eletrônico e à crescente preocupação com segurança e controle de acesso.
Com preço inicial de R$ 150 mil, o robô foi projetado para atender condomínios de médio e alto padrão. Seu funcionamento é simples: o porteiro recebe a encomenda do entregador e a deposita no compartimento do robô. A partir daí, Tomi se encarrega de entregar o pacote diretamente no apartamento do morador, acionando o elevador, desviando de obstáculos e notificando o destinatário automaticamente. Essa tecnologia representa uma nova etapa na automação residencial e logística urbana.
Como funciona o Tomi: inteligência e navegação autônoma
O Tomi utiliza sensores inteligentes similares aos encontrados em aspiradores robóticos, que permitem navegação autônoma precisa dentro dos edifícios. Ele reconhece ambientes, evita pessoas e objetos no caminho, e se comunica com o sistema do elevador do prédio para acessar os andares de forma independente. Esse nível de automação reduz a necessidade de contato entre moradores e entregadores, o que se tornou ainda mais relevante após a pandemia de Covid-19.
A entrega ocorre de forma segura e rápida, minimizando riscos como furtos ou extravios nas áreas comuns do condomínio. O robô ainda notifica o morador sobre o recebimento da encomenda, oferecendo rastreabilidade e praticidade inéditas nesse tipo de serviço.

Produção global com tecnologia nacional
Embora a carcaça do Tomi seja fabricada na China, o software embarcado foi desenvolvido no Brasil pela startup Alabia, especializada em inteligência artificial. A integração entre o sistema de movimentação do robô e o controle dos elevadores foi realizada na planta da TK Elevator em Guaíba (RS), reforçando a relevância da indústria nacional no desenvolvimento da tecnologia.
Essa colaboração entre uma gigante global e uma startup brasileira mostra o potencial de inovação local aliada à expertise internacional. O projeto também simboliza o fortalecimento da indústria de IA no Brasil, com foco em soluções aplicáveis ao cotidiano urbano.
Autonomia, capacidade e testes em operação real
Com até 8 horas de autonomia e capacidade de transporte de até 40 kg por viagem, o Tomi foi testado em um condomínio de Porto Alegre administrado pela Melnick. A experiência piloto mostrou boa aceitação dos moradores e operadores do prédio, validando o uso do robô como alternativa viável para entregas seguras e automatizadas.
A adoção do Tomi é particularmente interessante para condomínios que enfrentam limitações operacionais, como ausência de espaço para armários inteligentes ou dificuldades para lidar com o fluxo constante de entregas.
Robôs de entrega ganham espaço no Brasil e no mundo
O conceito de robôs de entrega já é bem estabelecido em países como China, Japão e Estados Unidos, onde são usados em condomínios, restaurantes e estabelecimentos comerciais. No Brasil, a aplicação ainda é recente, mas ganha força com iniciativas como a da TK Elevator. Em 2024, uma missão técnica com empresários e políticos gaúchos visitou o Japão e a China para estudar esse tipo de tecnologia e entender como adaptá-la à realidade brasileira.
A presença do Tomi no mercado representa uma tendência crescente de digitalização dos serviços prediais, em especial nos grandes centros urbanos. A automatização das entregas também está alinhada com a agenda das smart cities, que buscam integrar tecnologia e eficiência nos serviços cotidianos.
Impacto social e valorização do trabalho do porteiro
Longe de substituir o trabalho humano, o Tomi contribui para valorizar a função do porteiro ao delegar tarefas repetitivas ao robô, permitindo que o profissional se concentre em atividades mais estratégicas, como o monitoramento da segurança e atendimento aos moradores.
Além disso, o robô reduz o contato físico e aumenta a comodidade dos moradores, que não precisam descer até a portaria nem agendar horário com o entregador. Para os síndicos e administradoras, é uma solução que melhora a segurança e otimiza a gestão do fluxo de encomendas.
Perspectivas de crescimento e expansão do robô Tomi no Brasil
Apesar do custo elevado inicial, a tendência é que, com o tempo, o preço do Tomi diminua à medida que a tecnologia se populariza e a produção escala. Hoje, ele está voltado para condomínios mais sofisticados, mas há potencial para adaptação a modelos mais acessíveis no futuro.
A escalabilidade do projeto depende da infraestrutura predial, como a compatibilidade com elevadores inteligentes e a conectividade para controle remoto. Também será necessário avaliar a receptividade do público em diferentes regiões e classes sociais.
O Tomi está inserido em um cenário mais amplo de transformação digital nos ambientes residenciais, em que a automação não é mais um luxo, mas uma ferramenta de segurança, conforto e gestão eficiente.
Vantagens práticas do Tomi para condomínios
- Redução do contato entre entregadores e moradores
- Maior segurança nas entregas, com rastreabilidade
- Valorização do trabalho do porteiro
- Otimização da logística interna dos edifícios
- Inovação na gestão condominial
O Tomi representa mais do que um robô — é um sinal claro de como a automação está se integrando às rotinas urbanas, promovendo cidades mais inteligentes e conectadas com as necessidades do presente.
Perguntas mais pesquisadas sobre o robô delivery Tomi
1. O que é o robô Tomi?
É um robô de entrega inteligente projetado para operar em condomínios, transportando encomendas com autonomia e segurança até os apartamentos.
2. Como funciona o robô de entrega Tomi?
O porteiro insere a encomenda no robô, que aciona o elevador e se desloca automaticamente até o apartamento do morador, notificando sobre a entrega.
3. Qual o preço do robô Tomi?
O valor inicial é de R$ 150 mil, voltado atualmente para condomínios de médio e alto padrão.
4. Onde o Tomi já está sendo utilizado?
Foi testado com sucesso em Porto Alegre, em um condomínio residencial administrado pela Melnick.
5. O Tomi pode substituir o porteiro?
Não. O robô complementa o trabalho do porteiro, assumindo tarefas repetitivas e permitindo que o profissional foque em funções mais estratégicas.

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.