Investidores em busca de oportunidades no mercado de fundos imobiliários (FIIs) devem ficar atentos às recomendações de grandes instituições financeiras. Um levantamento recente realizado pela CNN, com base nas análises de BTG Pactual, EQI Research, Empiricus, Genial Investimentos e Itaú BBA, revelou os FIIs mais indicados para investir em junho de 2025, considerando fatores como liquidez, segurança dos ativos e rentabilidade recente.
Kinea Rendimentos (KNCR11) lidera como o mais indicado
O KNCR11, fundo focado em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) atrelados ao CDI, foi o FII mais recomendado pelas instituições consultadas, recebendo quatro indicações. O fundo se destaca por sua alta liquidez, solidez da carteira de devedores e baixo risco de inadimplência. Além disso, é um dos mais negociados da indústria, o que garante facilidade de entrada e saída para os investidores.
Fundos com três recomendações
Outros FIIs também chamaram atenção e receberam três indicações cada, reforçando sua atratividade para o mês de junho:
- BTLG11 (BTG Pactual Logística): Fundo de galpões logísticos com contratos de longo prazo e inquilinos de perfil sólido.
- RBRR11 (RBR Rendimento High Grade): Carteira diversificada em CRIs de alta qualidade e gestão conservadora.
- BRCO11 (Bresco Logística): Portfólio composto por imóveis logísticos de padrão AAA e baixo nível de vacância.
- HGRU11 (CSHG Renda Urbana): Fundo que investe em imóveis comerciais com contratos atípicos, garantindo previsibilidade de receitas.
IFIX segue em alta, mas volatilidade preocupa
Em maio, o IFIX (Índice dos Fundos Imobiliários) registrou desempenho próximo das máximas históricas, refletindo o bom momento do setor. Contudo, o Itaú BBA alerta que a volatilidade permanece elevada, o que exige cautela dos investidores. O banco prevê que o movimento de alta observado nos primeiros meses do ano pode se desacelerar, especialmente diante do cenário macroeconômico incerto.
Selic atinge 14,75% ao ano: impacto no mercado de FIIs
O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano no mês passado, marcando um novo patamar de aperto monetário. O Banco Central indicou que a política monetária está significativamente contracionista, o que pode conter a atividade econômica nos próximos trimestres. Ainda assim, o mercado acredita que essa foi a última alta de juros no atual ciclo, e que a Selic deverá se manter estável até o fim de 2025.
Projeções econômicas e cenário fiscal influenciam os investimentos
Segundo o Itaú BBA, as projeções de inflação permanecem em 5,5% para 2025 e 4,4% para 2026, apesar das incertezas globais. O banco também destacou que a queda nos preços das commodities metálicas e a possibilidade de bandeiras tarifárias na energia elétrica podem influenciar o índice de preços nos próximos meses.
No plano fiscal, o BTG Pactual destacou o contingenciamento de R$ 31 bilhões nas despesas do governo, conforme apresentado no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas. No entanto, o impacto positivo dessa contenção foi parcialmente anulado pela elevação do IOF, que gerou reações negativas no mercado e levantou dúvidas sobre a previsibilidade da política econômica.
Avanços regulatórios beneficiam os FIIs
A Empiricus ressaltou a aprovação recente, pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), da possibilidade de recompra de cotas pelos fundos imobiliários. A prática, comum no mercado acionário, pode gerar valor ao cotista, ao reduzir o número de cotas em circulação e aumentar a remuneração proporcional.
Volatilidade global influencia decisões
No cenário internacional, o BTG Pactual apontou que fatores como a aprovação do pacote orçamentário por Donald Trump, a tentativa de suspensão de tarifas pelo Tribunal de Comércio Internacional e o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s aumentaram a volatilidade nos mercados financeiros, impactando também os ativos negociados no Brasil.

5 perguntas mais pesquisadas sobre fundos imobiliários em 2025
1. Qual é o fundo imobiliário mais indicado para investir em junho de 2025?
O KNCR11, da Kinea, é o mais recomendado, com destaque para sua segurança, liquidez e rentabilidade.
2. A alta da Selic impacta negativamente os FIIs?
Sim, em geral, a alta da Selic torna a renda fixa mais atrativa, mas FIIs com boa gestão e contratos sólidos mantêm sua atratividade.
3. Como escolher o melhor FII para investir?
Avalie fatores como liquidez, diversificação da carteira, qualidade dos ativos, histórico de pagamentos e gestão profissional.
4. Fundos de recebíveis ainda valem a pena com juros altos?
Sim, especialmente os que investem em CRIs indexados ao CDI, pois acompanham o movimento da taxa de juros.
5. Qual o impacto da recompra de cotas autorizada pela CVM?
A recompra tende a valorizar as cotas remanescentes, beneficiando os cotistas ao aumentar o retorno por cota.

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.