C&A Finaliza Parceria com Bradesco e Recompra Operações Financeiras por R$ 651 Milhões
A varejista de moda C&A (ticker: CEAB3) oficializou nesta segunda-feira, 23 de junho de 2025, o encerramento de sua parceria estratégica com o Bradesco (BBDC4) e a Bradescard, vigente desde 2009. A decisão marca um reposicionamento importante da companhia no setor financeiro, com a intenção de internalizar os serviços financeiros antes oferecidos por meio da instituição bancária.
Como parte da operação, a C&A quitou antecipadamente R$ 650,6 milhões para recomprar os direitos de exploração dos produtos e serviços financeiros ofertados em suas lojas. A varejista também vendeu os direitos da carteira do cartão Bradescard por R$ 170 milhões, encerrando completamente o acordo com o Bradesco.
O Fim de uma Parceria de 16 Anos
Desde 2009, a C&A contava com o apoio do Bradesco para ofertar soluções financeiras como cartões de crédito, empréstimos pessoais e seguros, por meio da marca Bradescard. Essa aliança permitiu que a varejista oferecesse facilidades de pagamento integradas à experiência de compra, ampliando o acesso ao crédito para seus consumidores.
Com o término da parceria, a empresa passa a ter total controle sobre os serviços financeiros, podendo personalizá-los conforme suas estratégias comerciais e integrar novos recursos digitais alinhados às tendências do setor de fintechs e banco como serviço (BaaS).
Estratégia da C&A: Autonomia para Inovar no Varejo Financeiro
A recompra dos serviços financeiros é parte de um movimento mais amplo da C&A para digitalizar e ampliar sua atuação como plataforma de soluções integradas de consumo e crédito. Com a operação financeira agora sob sua gestão direta, a varejista poderá:
- Criar novos modelos de fidelização de clientes;
- Ampliar a concessão de crédito com maior agilidade e autonomia;
- Desenvolver um ecossistema de serviços próprios, como carteira digital, cashback e parcelamentos exclusivos;
- Integrar dados financeiros ao comportamento de consumo, aumentando a eficiência das estratégias de marketing e vendas.
Esse movimento é coerente com as tendências observadas em outras varejistas de grande porte no Brasil, como Magazine Luiza e Casas Bahia, que também buscam autonomia na gestão de produtos financeiros para melhorar a experiência do consumidor e aumentar a rentabilidade por cliente.
Repercussão no Mercado e Perspectivas para Investidores
Do ponto de vista financeiro, a operação de recompra representou um desembolso significativo para a C&A, mas também abre espaço para aumentar margens operacionais no médio e longo prazo, ao capturar parte da receita que antes era compartilhada com o banco parceiro.
A venda da carteira de cartões por R$ 170 milhões traz liquidez imediata, enquanto a independência operacional cria oportunidades de crescimento via serviços financeiros próprios, um dos segmentos mais lucrativos do varejo atualmente.
Analistas do setor avaliam que essa decisão pode fortalecer a posição estratégica da C&A no varejo omnichannel, permitindo sinergias entre o e-commerce, as lojas físicas e os canais de crédito e pagamento.
Como Essa Mudança Afeta o Consumidor?
Para os clientes, o impacto imediato pode ser percebido na transição dos cartões e serviços financeiros. A expectativa é que a C&A lance em breve um novo modelo de cartão próprio ou em parceria com fintechs, oferecendo condições diferenciadas, integração digital com o app da marca e programas de fidelidade mais atrativos.
Além disso, a gestão interna dos serviços tende a resultar em maior flexibilidade nas formas de pagamento, promoções exclusivas e menor burocracia na aprovação de crédito, especialmente para públicos que já compram com frequência na rede.
5 Perguntas Mais Pesquisadas Sobre o Fim da Parceria C&A e Bradesco
1. Por que a C&A encerrou sua parceria com o Bradesco?
Para assumir o controle total de seus serviços financeiros e ter autonomia na oferta de soluções personalizadas aos clientes.
2. O que muda para os clientes da C&A com essa decisão?
Haverá mudanças nos cartões e serviços oferecidos, com possível lançamento de novos produtos financeiros mais integrados à experiência de compra.
3. A C&A vai continuar oferecendo cartão de crédito?
Sim, a empresa deve lançar um novo cartão próprio ou em parceria com fintechs, substituindo o antigo Bradescard.
4. A recompra dos serviços foi vantajosa para a C&A?
Sim, apesar do alto custo imediato, a empresa agora pode captar toda a receita gerada pelos produtos financeiros e inovar com mais agilidade.
5. O que a C&A pretende fazer com os serviços financeiros agora?
Criar um ecossistema financeiro próprio, com foco em crédito, fidelização, meios de pagamento digitais e integração com seu app e canais de venda.
Caso queira, posso complementar esse artigo com infográficos comparativos, linha do tempo da parceria ou projeções de crescimento da C&A pós-recompra. Deseja incluir essas informações?
Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.
