Em um momento de tensão econômica e mudanças na classificação de crédito dos Estados Unidos, Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca e ex-assessor econômico de Donald Trump, afirma que a dívida americana continua sendo “a aposta mais segura do planeta”. A declaração foi feita durante uma entrevista ao canal Fox Business, em resposta direta ao rebaixamento da nota de crédito do país pela agência Moody’s.
Segundo Hassett, o corte na avaliação reflete uma visão ultrapassada da situação fiscal dos EUA. Ele critica o que considera ser uma penalização baseada em gastos excessivos da administração anterior, ressaltando que o governo atual está implementando cortes orçamentários, desregulamentação e incentivando o crescimento econômico por meio de políticas pró-mercado. “Se temos a melhor economia do mundo, naturalmente também teremos a melhor dívida do mundo”, declarou.
Rebaixamento da Nota de Crédito dos EUA: Entenda o Cenário
A Moody’s rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA1, alterando a perspectiva do país de “negativa” para “estável”. O principal motivo foi o aumento significativo da dívida pública e a elevação dos encargos com juros, que já ultrapassam os padrões de outros países com classificação semelhante.
Essa não é a primeira vez que a credibilidade fiscal americana sofre um abalo. Em 2011, a Standard & Poor’s foi a primeira das três grandes agências a retirar a classificação AAA dos EUA, citando a incapacidade do governo de controlar os déficits. Mais recentemente, em 2023, a Fitch Ratings seguiu o mesmo caminho, preocupada com déficits persistentes e conflitos políticos internos que dificultam o controle orçamentário.
Por Que a Dívida dos EUA Ainda é Considerada Segura?
Mesmo após esses rebaixamentos, a dívida dos EUA continua sendo uma das mais buscadas por investidores globais. Entre os motivos, destacam-se:
- Estabilidade institucional: Os Estados Unidos possuem um sistema jurídico sólido e instituições financeiras bem estabelecidas.
- Moeda de reserva global: O dólar americano é a principal moeda usada em transações internacionais, o que aumenta a confiança em seus títulos.
- Alta liquidez: O mercado de títulos do Tesouro dos EUA é o maior e mais líquido do mundo, permitindo compras e vendas com facilidade.
- Capacidade de pagamento: Apesar do alto endividamento, os EUA têm histórico de cumprimento de obrigações, o que reduz o risco de calote.
Exemplo Prático: Como Investidores Reagem
Mesmo com o rebaixamento, fundos de pensão, bancos centrais e grandes instituições continuam adquirindo títulos do Tesouro americano. Isso mostra que, na prática, a percepção de segurança permanece, muitas vezes superando classificações formais de risco. Em abril de 2025, por exemplo, o Tesouro vendeu mais de US$ 150 bilhões em títulos com demanda superior à oferta — evidência clara da confiança contínua dos investidores.
O Que Esperar do Futuro?
Especialistas afirmam que o verdadeiro desafio será manter a trajetória de redução dos déficits e controlar os gastos públicos sem comprometer o crescimento. O equilíbrio entre responsabilidade fiscal e estímulo à economia será determinante para recuperar — ou não — a nota máxima no futuro.
Perguntas Frequentes Sobre o Tema:
O que significa o rebaixamento da nota de crédito dos EUA?
É uma avaliação das agências sobre a capacidade do país de pagar suas dívidas. Um rebaixamento indica maior risco percebido pelos investidores.
Por que os EUA perderam a nota AAA?
Devido ao crescimento da dívida pública, aumento dos juros e incertezas políticas que dificultam o controle do orçamento federal.
Como o rebaixamento afeta a economia dos EUA?
Pode aumentar os custos de financiamento, afetar a confiança dos investidores e pressionar ainda mais o orçamento com juros mais altos.
Investir em títulos dos EUA ainda vale a pena?
Para a maioria dos investidores conservadores, sim. Eles continuam sendo ativos de baixo risco, especialmente em tempos de instabilidade global.

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.