Vale (VALE3): 7 Expectativas do Mercado para o Balanço do 1º Trimestre de 2025

Vale (VALE3): 7 Expectativas do Mercado para o Balanço do 1º Trimestre de 2025

Introdução

A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2025 ganha força com a divulgação do balanço da Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo. O mercado acompanha com atenção os números da companhia, que deve apresentar uma leve retração em relação ao mesmo período de 2024, refletindo pressões operacionais e de mercado. Analistas destacam efeitos climáticos, desafios logísticos e incertezas quanto à demanda global como fatores que impactaram os resultados da empresa.


1. Lucro estimado: leve queda em base anual

A projeção média dos analistas consultados pela LSEG aponta para um lucro líquido de US$ 1,588 bilhão no 1T25, revertendo o prejuízo do 4T24 (US$ 694 milhões), mas representando uma queda de 5,4% frente aos US$ 1,679 bilhão registrados no 1T24.


2. Receita com retração

A expectativa é de US$ 8,03 bilhões em receita líquida, representando uma redução de cerca de 5% na comparação anual. O Itaú BBA estima um pouco mais, US$ 8,2 bilhões, enquanto a Genial Investimentos projeta US$ 8,3 bilhões, impulsionada por embarques acima do previsto.


3. Ebitda pressionado por custos e volumes

A média do mercado espera um Ebitda ajustado de US$ 3,163 bilhões, número estável em relação ao ano anterior. Contudo, o Itaú BBA projeta uma queda de 22% na comparação trimestral, em razão de volumes menores e custos mais elevados. A Genial sugere um valor mais conservador, US$ 2,8 bilhões.


4. Impactos climáticos e logísticos pesaram

As fortes chuvas no período, somadas a entraves relacionados ao licenciamento ambiental e à manutenção de ativos, foram apontadas como os principais entraves para a produção, que somou 67,7 milhões de toneladas, abaixo tanto do 1T24 quanto do 4T24.


5. Embarques superam expectativas

Apesar da queda na produção, os embarques de minério de ferro aumentaram 3,6% na comparação anual, totalizando 66,1 milhões de toneladas, graças à estratégia de desestocagem da companhia.


6. Preços pressionados por menor demanda chinesa

Os prêmios de finos e pelotas caíram, devido à menor disponibilidade do Sistema Norte e à reduzida disposição da China para pagar mais por minério de maior qualidade. Ainda assim, a Vale manteve seu foco em otimizar o mix de produtos.


7. Segmento de metais básicos com leve alta

Os embarques de cobre e níquel superaram as estimativas em 2%, mas sem causar impacto relevante nos números consolidados. O BTG Pactual classifica o trimestre como “pouco empolgante”, mantendo visão neutra para a ação.


Conclusão

Embora o primeiro trimestre de 2025 represente um período de transição para a Vale, os resultados esperados demonstram a resiliência da companhia diante de pressões externas e operacionais. A estratégia de desestocagem, foco na qualidade dos produtos e contenção de riscos seguem sendo pontos positivos destacados pelos analistas. No entanto, o mercado ainda aguarda sinais mais claros de recuperação da demanda global e estabilidade nos preços do minério de ferro para revisar expectativas de forma mais otimista.

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