O mercado de fundos imobiliários tem se mostrado cada vez mais sofisticado e estratégico, refletindo um amadurecimento notável do investidor brasileiro. Nesse contexto, o fundo imobiliário RPRI11, administrado pela RBR Asset, segue como um dos destaques em 2025, não apenas pela sua rentabilidade consistente, mas também pela gestão diligente e pela diversificação qualificada de sua carteira de recebíveis. Em março, o fundo reportou um lucro expressivo de R$ 3,81 milhões, conforme divulgado em seu relatório gerencial mais recente. Mais do que um simples dado, esse número revela uma gestão que sabe navegar com inteligência entre risco e retorno, e que compreende os ciclos econômicos com precisão quase cirúrgica.
Esse desempenho é ainda mais significativo quando analisamos a principal alocação do período: o investimento de R$ 2,5 milhões no CRI Creditas II Mezanino. Este título de crédito privado oferece uma remuneração atrativa de IPCA + 12,55% ao ano, algo que, em tempos de inflação controlada, significa uma rentabilidade real considerável. O papel é lastreado em uma carteira pulverizada de créditos do tipo home equity, originados pela fintech Creditas, e tem como garantia a alienação fiduciária dos imóveis vinculados. Essa característica reforça o compromisso do fundo com a segurança patrimonial dos investidores, pois tais garantias oferecem amparo jurídico sólido em casos de inadimplência, algo fundamental em um mercado que, embora amadurecido, ainda convive com volatilidades.
Outro ponto que reforça a inteligência estratégica do fundo imobiliário RPRI11 foi a realização de vendas que totalizaram R$ 36 milhões no mesmo mês, além da saída planejada do CRI Yuny Brigadeiro Série II, cujo valor residual era de apenas R$ 500 mil — representando 0,15% do patrimônio líquido. Essa movimentação demonstra não apenas uma leitura correta do mercado, mas também uma capacidade técnica de reciclar o portfólio, liberando caixa para novas oportunidades mais rentáveis ou menos arriscadas, conforme o cenário exija. Ao manter a flexibilidade e agilidade nas decisões, a RBR mostra por que é considerada uma das casas mais respeitadas na gestão de fundos estruturados no Brasil.
Rentabilidade Acima da Média e Distribuição Generosa de Dividendos
Para os cotistas, a rentabilidade é um dos principais indicadores de sucesso, e neste aspecto o fundo imobiliário RPRI11 também entregou resultados dignos de destaque. Em abril, o fundo distribuiu R$ 1,10 por cota, referente ao rendimento de março, com pagamento efetuado no dia 11 de abril para os investidores posicionados até 31 de março. Esse valor representa um dividend yield anualizado de 15,93%, uma marca bastante acima da média dos fundos imobiliários listados atualmente na B3. Quando ajustamos essa rentabilidade ao IPCA, o retorno real chega ao impressionante patamar de IPCA + 16,71% ao ano, algo extremamente atrativo especialmente em um contexto de juros reais mais baixos, como o que se desenha para o segundo semestre de 2025.
Essa performance não é fruto do acaso. A carteira do RPRI11 é composta majoritariamente por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) com garantias sólidas e bem avaliadas. A alienação fiduciária dos imóveis, por exemplo, é um diferencial jurídico que garante ao fundo o direito de tomar posse do bem em caso de inadimplência, oferecendo mais segurança à operação. O LTV médio da carteira, que se encontra em 56%, também é um indicador de solidez: quanto menor o Loan to Value, menor o risco de crédito embutido na operação. Ou seja, o fundo empresta menos proporcionalmente ao valor do bem, criando uma margem de segurança confortável contra oscilações de mercado.
Outro dado interessante está na distribuição geográfica das garantias: 71% dos ativos estão concentrados no estado de São Paulo, com destaque para regiões valorizadas como Faria Lima, Jardins e Pinheiros — que, sozinhas, representam 40% dessas garantias. Esses bairros são reconhecidamente sólidos do ponto de vista econômico e imobiliário, com baixa vacância, alta liquidez e valorização histórica consistente. Isso significa que, mesmo diante de uma eventual crise de crédito, os ativos lastro do fundo possuem valor de mercado suficiente para cobrir os riscos, mantendo o equilíbrio da carteira.

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.