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Como Gigantes Tradicionais Faturaram €150 Bilhões com a Inteligência Artificial e a Corrida por Centros de Dados

A inteligência artificial não está apenas moldando o futuro das big techs — ela também está revitalizando gigantes industriais com mais de um século de história. Empresas tradicionais do setor elétrico, como ABB, Legrand, Schneider Electric e outras fabricantes de infraestrutura crítica, viram suas ações dispararem e suas receitas crescerem exponencialmente graças à corrida global pela expansão de data centers movidos por IA.

Segundo levantamento do Financial Times, essas companhias já acumularam €150 bilhões em valorização de mercado nos últimos meses. O fenômeno é impulsionado pela explosão na demanda por servidores potentes, sistemas de resfriamento avançados, quadros elétricos e gerenciamento energético — elementos essenciais para manter o funcionamento ininterrupto dos centros de dados que alimentam a IA generativa, como o ChatGPT e outros modelos de linguagem.

Do tradicional ao tecnológico: como a IA resgatou empresas centenárias

Empresas como a ABB, com sede na Suíça, são conhecidas há décadas por fabricar motores, disjuntores e transformadores. No entanto, com o boom dos data centers, esses produtos passaram a ser requisitados como nunca antes. Hoje, a ABB é uma das maiores fornecedoras de sistemas elétricos modulares para hiperescala, ou seja, infraestrutura feita sob medida para gigantes como Microsoft, Google e Amazon.

Como Gigantes Tradicionais Faturaram €150 Bilhões com a Inteligência Artificial e a Corrida por Centros de Dados

Já a Legrand, sediada na França, se especializou em automação e segurança elétrica. Em 2024, a companhia anunciou investimentos robustos em soluções voltadas para o setor de data centers — e os frutos já começaram a aparecer. Com a ajuda da IA, a empresa desenvolve sistemas capazes de monitorar e otimizar o consumo energético em tempo real, ajudando clientes a reduzir custos e emissões de carbono.

Por que os data centers são o novo “petróleo” da era da IA?

A inteligência artificial exige imensas quantidades de energia e poder computacional. Para treinar modelos como o GPT-4 ou os sistemas usados em carros autônomos, são necessários milhares de GPUs operando 24 horas por dia — e isso só é possível em ambientes preparados, com alimentação elétrica confiável, resfriamento de precisão e alta automação.

Esse novo cenário fez com que infraestruturas antes invisíveis aos olhos dos investidores se tornassem peças-chave da nova economia digital. As ações de empresas elétricas listadas nas bolsas de Paris, Frankfurt e Zurique dispararam, superando até mesmo o desempenho de algumas big techs.

Destaques práticos: quem está liderando e como estão ganhando

Confira as principais empresas que surfam a onda da IA no setor de infraestrutura crítica:

Projeções para o futuro: a revolução só está começando

Estima-se que o número de data centers no mundo aumentará em 35% até 2030, segundo dados da Statista e da IDC. A transição para a IA como motor da economia digital fará com que empresas especializadas em energia e infraestrutura fiquem cada vez mais valiosas, especialmente se conseguirem se adaptar rapidamente com soluções escaláveis e sustentáveis.

Além disso, com o avanço da IA verde — uso de algoritmos para redução do impacto ambiental — essas companhias também devem se beneficiar por estarem posicionadas como facilitadoras da transição energética.

Conclusão: a nova era das “velhas empresas” com a força da IA

O crescimento explosivo da inteligência artificial não está favorecendo apenas startups ou gigantes da tecnologia. Empresas industriais tradicionais, muitas delas com mais de 100 anos de existência, estão no centro da transformação digital. Ao oferecerem soluções essenciais para o funcionamento de data centers, elas provaram que inovação não é exclusividade do Vale do Silício.

Com a IA avançando a passos largos e a infraestrutura digital se tornando a espinha dorsal da economia global, o mercado continuará a valorizar essas empresas — e os investidores atentos já entenderam isso.

FAQMA – Perguntas frequentes sobre IA e infraestrutura de data centers

1. Por que empresas elétricas estão lucrando com a inteligência artificial?
Porque a IA depende de data centers, que precisam de equipamentos elétricos, sistemas de resfriamento e energia confiável — exatamente o que essas empresas fornecem.

2. O que são data centers de hiperescala?
São centros de dados gigantescos, usados por empresas como Google e Amazon, projetados para suportar enormes volumes de processamento e armazenamento de IA.

3. Quais empresas tradicionais se destacam na corrida da IA?
ABB, Legrand, Schneider Electric, Rittal e Vertiv são algumas das líderes em infraestrutura crítica para data centers.

4. Como a IA está impactando o setor industrial?
Ela está criando novas demandas por equipamentos mais inteligentes, eficientes e sustentáveis, revitalizando empresas antes vistas como “convencionais”.

5. O crescimento dos data centers vai continuar?
Sim. Projeções indicam um crescimento de 35% até 2030, impulsionado pelo avanço da IA, do 5G e da computação em nuvem.

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