IFIX alcança máxima histórica e encerra maio com desempenho expressivo: entenda os motivos e veja os destaques do mês
O IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários da B3), principal termômetro do desempenho dos FIIs no Brasil, atingiu um novo recorde histórico ao encerrar o mês de maio de 2025 com alta de 0,46%, fechando aos 3.461,93 pontos. Esse marco supera a máxima já registrada no pregão anterior e reforça o otimismo crescente no mercado de fundos imobiliários.
Com essa performance, o IFIX acumulou uma valorização de 1,44% em maio e 11,09% no acumulado do ano. No entanto, no recorte de 12 meses, os ganhos foram mais modestos, atingindo 2,69%.
Por que o IFIX está subindo?
Segundo analistas do setor, dois fatores principais explicam o bom momento dos fundos imobiliários:
- Queda nas expectativas de juros: A reunião do Copom no início de maio manteve a Selic em 14,75% ao ano. Embora ainda elevada, a percepção predominante no mercado é de que o ciclo de alta chegou ao fim.
- Apreciação antecipada: Investidores estão antecipando um possível corte nos juros para o final de 2025, o que torna os FIIs mais atrativos, especialmente os fundos de “papel”.
Com isso, houve uma redução nas taxas dos títulos públicos, cujos rendimentos caíram de 7,8% para 7,1% no período. Essa movimentação impulsionou a valorização dos fundos imobiliários, com destaque para os fundos de recebíveis (CRIs), que subiram, em média, 2,5%, superando os demais segmentos.
Fundos imobiliários com melhor desempenho em maio
Confira os cinco FIIs que mais valorizaram no mês, segundo dados do Valor Data:
Código | Fundo | Rentabilidade em Maio |
---|---|---|
HCTR11 | Hectare CE (recebíveis) | 16,73% |
BLMG11 | Bluemacaw Logística | 15,76% |
DEVA11 | Devant Recebíveis Imobiliários | 11,10% |
GTWR11 | Green Towers | 9,88% |
BTHF11 | BTG Pactual Real Estate Hedge Fund | 7,16% |
Exemplo prático: O HCTR11, fundo de papel, liderou com folga o ranking de valorização graças à sua carteira sólida de CRIs indexados à inflação, beneficiados pela perspectiva de estabilidade nos juros.
Fundos com maiores quedas
Apesar do cenário positivo, nem todos os FIIs performaram bem. Veja os fundos com pior desempenho em maio:
Código | Fundo | Queda em Maio |
---|---|---|
URPR11 | Urca Prime Renda | -12,88% |
TEPP11 | Tellus Properties | -5,15% |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | -2,87% |
HGRE11 | Pátria Escritórios | -2,44% |
RVBI11 | VBI Multiestratégia | -2,30% |
O destaque negativo foi o URPR11, que recuou quase 13%, puxado por instabilidades em contratos e expectativa de menor distribuição de dividendos.

Tendências para os próximos meses
A especialista Carolina Borges, da EQI Research, afirma que o cenário tende a permanecer positivo para os FIIs, especialmente se a Selic realmente começar a cair. Segundo ela, o mercado está precificando esse movimento com antecedência, o que já reduziu os descontos nas cotas, especialmente nos fundos de papel.
Além disso, os fundos de lajes corporativas também demonstraram recuperação, com alta média de 2%, impulsionados por uma melhora gradual na taxa de ocupação de imóveis comerciais.
FAQMA – Perguntas Frequentes sobre o IFIX e Fundos Imobiliários
1. O que é o IFIX e para que ele serve?
O IFIX é o índice da B3 que mede o desempenho médio dos principais fundos imobiliários negociados na bolsa, funcionando como referência para o setor.
2. Por que o IFIX está batendo recordes em 2025?
O índice vem subindo graças à expectativa de queda na Selic, o que torna os FIIs mais atrativos em relação a outros investimentos de renda fixa.
3. Quais fundos imobiliários mais se destacaram em maio de 2025?
HCTR11, BLMG11 e DEVA11 foram os destaques com valorizações acima de 11%, impulsionados por uma carteira sólida de recebíveis e logística.
4. Os fundos imobiliários ainda estão com desconto em relação ao valor patrimonial?
O desconto diminuiu, principalmente nos fundos de papel, mas ainda há oportunidades seletivas com P/VP abaixo da média histórica.
5. Vale a pena investir em fundos imobiliários em 2025?
Sim, especialmente com a perspectiva de queda dos juros, o que favorece o retorno dos FIIs tanto em dividendos quanto em valorização de cotas.

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.