A Ucrânia impôs sanções a três empresas chinesas nesta sexta-feira (18), um dia após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, acusar Pequim de fornecer armamentos à Rússia. A medida representa uma escalada nas tensões entre Kiev e Pequim, que até então mantinha uma postura de neutralidade em relação ao conflito.
O Ministério das Relações Exteriores da China, por sua vez, refutou categoricamente as alegações de Zelenskiy, classificando-as como infundadas. Embora a China mantenha laços econômicos estreitos com a Rússia desde o início da guerra há três anos, o governo chinês tem buscado projetar uma imagem de neutralidade e nega qualquer envolvimento militar no conflito.
O governo ucraniano publicou uma lista atualizada de entidades sancionadas, que inclui tanto empresas russas quanto as três companhias chinesas: Beijing Aviation And Aerospace Xianghui Technology Co. Ltd, Rui Jin Machinery Co. Ltd e Zhongfu Shenying Carbon Fiber Xining Co. Ltd. Todas as empresas são registradas na China.
O governo ucraniano não forneceu detalhes específicos sobre os motivos que levaram à inclusão dessas empresas na lista de sanções. As sanções impostas proíbem as empresas de realizar qualquer tipo de negócio na Ucrânia e congelam seus ativos dentro do país.
Em 2021, ano anterior à invasão russa, a Ucrânia exportou US$ 8 bilhões em mercadorias para a China, principalmente matérias-primas e produtos agrícolas. No mesmo período, as importações ucranianas da China totalizaram pouco menos de US$ 11 bilhões, consistindo principalmente em produtos manufaturados, de acordo com dados do governo ucraniano.
Na quinta-feira (17), durante uma coletiva de imprensa em Kiev, Zelenskiy afirmou que seu governo possui evidências de que empresas chinesas estão fornecendo à Rússia o que ele descreveu como artilharia e pólvora. Ele também alegou que entidades chinesas estariam fabricando algumas armas em território russo. No entanto, o presidente ucraniano não apresentou nenhuma prova concreta para corroborar suas alegações.
Uma semana antes, Zelenskiy havia mencionado que cidadãos chineses estavam lutando ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, incluindo dois que haviam sido feitos prisioneiros pelas forças ucranianas. Em resposta a essa declaração, um diplomata chinês foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia para prestar esclarecimentos sobre o caso. Posteriormente, autoridades ucranianas e americanas informaram que os indivíduos em questão haviam se alistado por iniciativa própria, em troca de pagamento.
Principais pontos:
- Ucrânia impõe sanções a três empresas chinesas.
- Alegação de que Pequim estaria fornecendo armas à Rússia.
- China nega as acusações de Zelenskiy, chamando-as de infundadas.
- Sanções proíbem negócios e congelam ativos das empresas chinesas na Ucrânia.
- Zelenskiy afirma ter evidências de fornecimento de artilharia e pólvora chinesas à Rússia.
- Presidente ucraniano mencionou chineses lutando ao lado da Rússia.
- China foi convocada para explicar presença de cidadãos chineses no conflito.
- Autoridades ucranianas e americanas dizem que chineses lutaram por dinheiro.

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