O fundo imobiliário VRTA11 encerrou o mês de março de 2025 com forte resultado operacional, consolidando sua posição entre os FIIs de papel mais consistentes do mercado. Com distribuição de R$ 0,85 por cota e um dividend yield de 1,01% ao mês, o fundo apresentou um desempenho sólido, mesmo diante de algumas inadimplências pontuais em sua carteira de CRIs.
Além disso, o VRTA11 reforçou sua estratégia de longo prazo com a formação de reserva de caixa, movimentações na carteira e aquisição de um novo CRI de alta rentabilidade.
Dividendos do VRTA11: Rendimento de R$ 0,85 por cota
O VRTA11 pagou R$ 0,85 por cota em dividendos no mês de março, valor que representa:
- Dividend Yield mensal: 1,01%
- Base de cálculo: cotação de R$ 83,94
- Equivalente a: 124% do CDI no período
Com esse patamar de distribuição, o fundo reafirma sua vocação de geração de renda passiva estável e bem acima da média de produtos de renda fixa tradicionais.
Resultado líquido de R$ 12,25 milhões
O fundo encerrou março com resultado líquido de R$ 12,25 milhões, o que demonstra uma gestão eficiente de ativos e controle de despesas operacionais.
Além disso, o VRTA11 acumula uma reserva de lucros de R$ 0,58 por cota, garantindo maior previsibilidade para distribuições futuras, mesmo em cenários de maior oscilação de mercado ou inadimplência pontual.
Saúde da carteira de CRIs: 99% adimplente
Segundo o relatório gerencial, 99% da carteira de CRIs segue adimplente, mantendo o perfil conservador e robusto do portfólio.
Contudo, dois casos de inadimplência demandam atenção:
1. CRI BR Distribuidora I
- Sem pagamentos desde abril de 2024
- Marcado a mercado com valor de 25% do original
- Impacto: cerca de R$ 300 mil (0,02% do patrimônio líquido)
2. CRI Habitasec – Cerâmica Fragnani
- Inadimplência nas amortizações de fevereiro e março
- Apenas os juros vêm sendo pagos
- Situação será levada à Assembleia de Cotistas para definição de medidas
Apesar dessas ocorrências, o impacto financeiro é muito pequeno frente ao tamanho da carteira, o que demonstra resiliência e diversificação eficaz do fundo.
Movimentações estratégicas do VRTA11 em março
Vendas de FIIs:
- RBRY11: venda de 15.712 cotas, total de R$ 1,46 milhão
- SNME11: venda de 14.126 cotas, total de R$ 130 mil
Nova aquisição de CRI:
- CRI Summus adquirido por R$ 40 milhões
- Indexador: IPCA + 11,50% ao ano
- Prazo: 4,2 anos
Essa alocação mostra o apetite da gestão por ativos de crédito estruturado com alta rentabilidade real, favorecendo o crescimento dos resultados a médio e longo prazo.
Caixa e posição em operações compromissadas
Ao fim de março, o VRTA11 apresentava:
- R$ 28,3 milhões em caixa (2,1% do PL)
- R$ 49,3 milhões em operações compromissadas reversas, com custo de CDI + 0,84%
Esse caixa será destinado ao pagamento de dividendos e novas aquisições, sendo que já há ativos em fase final de análise somando R$ 44 milhões.
O P/VP do fundo foi de 0,96x, indicando que o mercado ainda precifica o fundo com leve desconto frente ao valor patrimonial, o que pode representar oportunidade para o investidor.
Conclusão: VRTA11 segue como opção sólida para renda passiva e proteção
O mês de março reforçou o posicionamento do VRTA11 como um dos principais FIIs de papel do mercado. Com distribuição estável, boa gestão de risco, controle de inadimplência e aquisições estratégicas, o fundo se mostra pronto para navegar cenários de maior volatilidade mantendo a geração de valor ao cotista.
Destaques de março:
- Rendimento de R$ 0,85 por cota
- Dividend Yield de 1,01%
- Resultado líquido de R$ 12,25 milhões
- Reserva de caixa robusta para estabilidade futura
- 99% da carteira de CRIs adimplente
- Aquisição de CRI IPCA + 11,50%

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.