O XPML11, fundo imobiliário focado em shopping centers, divulgou resultados expressivos em fevereiro de 2025. O lucro do fundo alcançou R$ 56,154 milhões, representando um crescimento de 11% em relação a janeiro, quando o lucro foi de R$ 50,4 milhões.
O avanço no resultado foi impulsionado por receitas totais de R$ 64,9 milhões, sendo:
- R$ 56,131 milhões oriundos de receitas imobiliárias;
- R$ 2,504 milhões provenientes de aplicações em renda fixa;
- R$ 3,222 milhões advindos de outros FIIs no portfólio.
As despesas operacionais somaram R$ 8,746 milhões no período.
Resultado Acumulado e Portfólio Estratégico
Ao final de fevereiro, o resultado acumulado não distribuído do XPML11 era de R$ 1,18 por cota, indicando um bom colchão para eventuais distribuições futuras.
Esse montante leva em consideração o desempenho de ativos estratégicos do portfólio, como o FII Internacional Guarulhos e o NeoMall FII, que são 100% controlados pelo XPML11 e possuem participação nos shoppings Internacional de Guarulhos e Grand Plaza, respectivamente.
A gestão enfatiza que o fundo mantém uma estratégia sólida, baseada na construção de um portfólio diversificado, qualificado e regionalmente distribuído, que oferece resiliência frente aos desafios macroeconômicos e setoriais.
Além disso, o XPML11 passou a divulgar um cronograma de desembolsos até 2027, oferecendo maior transparência sobre os compromissos financeiros e aquisições previstas.
Venda de R$ 66 Milhões em FIIs em Março
No mês de março de 2025, o XPML11 realizou uma venda de R$ 66 milhões em cotas de outros fundos imobiliários listados na B3. A operação gerou retorno de CDI + 1% ao ano, já líquidos de impostos, fortalecendo o caixa do fundo.
Essa movimentação demonstra a flexibilidade da gestão em realizar ajustes táticos na carteira, aproveitando oportunidades de liquidez e rentabilidade no curto prazo.
Indicadores Operacionais: Alta no NOI e Inadimplência Negativa
Do ponto de vista operacional, o fundo apresentou indicadores robustos:
- NOI Caixa/m² (Lucro Operacional Líquido) subiu 5,4%, atingindo R$ 126/m²;
- A inadimplência líquida foi de -1,9%, reforçando a eficiência na gestão dos contratos e recebíveis.
Apesar dos bons números, a gestão destacou que fevereiro foi desafiador para o setor varejista, especialmente para os shoppings centers. Fatores como:
- Feriado de Carnaval, que reduziu o fluxo de consumidores nos centros comerciais;
- Um dia útil a menos em fevereiro de 2025;
- Ausência de datas promocionais relevantes no calendário do varejo,
contribuíram para a leve retração no movimento dos shoppings.

Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.