Em seu mais recente relatório setorial, o Itaú BBA destacou cinco Fundos Imobiliários (FIIs) do segmento de lajes corporativas com recomendação de compra, apontando oportunidades estratégicas mesmo em um cenário que ainda exige cautela. Embora o setor de escritórios continue passando por ajustes, o banco vê espaço para valorização, especialmente em fundos com boa gestão, localização privilegiada e perspectivas de redução de vacância.
O estudo analisou 14 fundos imobiliários voltados para o mercado de escritórios. Dentre eles, cinco receberam indicação positiva de compra, enquanto oito foram classificados como “neutros”. Um fundo, o SARE11, não foi avaliado por estar em processo de liquidação.
Panorama atual do mercado de lajes corporativas
Apesar dos desafios, como a alta vacância em algumas regiões e a necessidade de modernização de ativos, o Itaú BBA reforça que os FIIs de escritórios continuam sendo boas oportunidades para ganho de capital no longo prazo. Segundo o relatório, o potencial de valorização está diretamente atrelado à qualidade dos imóveis, localização estratégica e à capacidade de reter ou atrair inquilinos de peso.
Fundos recomendados pelo Itaú BBA para compra
Veja os fundos destacados como as melhores oportunidades no segmento de escritórios:
KNRI11 – Kinea Renda Imobiliária
- Motivo da recomendação: Forte diversificação, ampla liquidez e presença de ativos logísticos consolidados.
- Risco: Vacância significativa nas lajes localizadas no Rio de Janeiro.
PVBI11 – VBI Prime Properties
- Motivo da recomendação: Imóveis de alto padrão técnico em localizações premium, com gestão ativa na modernização.
- Risco: Alta vacância no curto prazo.
RBRP11 – RBR Properties
- Motivo da recomendação: Portfólio sob gestão dinâmica e experiente.
- Risco: Alguns ativos com localização e estrutura aquém do ideal.
TEPP11 – Tellus Properties
- Motivo da recomendação: Vacância física zerada há mais de 12 meses.
- Risco: Parte das lajes é classificada como de padrão inferior.
TOPP11 – RBR Top Offices
- Motivo da recomendação: Portfólio com imóveis bem localizados e de alta demanda.
- Risco: Baixa liquidez nas negociações diárias.
FIIs com recomendação neutra
Os seguintes fundos foram classificados como neutros pelo BBA, o que indica que, apesar de sólidos, não oferecem, neste momento, potencial superior ao mercado:
- BRCR11 (BTG Pactual Corporate)
- GTWR11 (Green Towers)
- HGRE11 (Patria Escritórios)
- JSRE11 (JS Real Estate)
- KORE11 (Kinea Oportunidades)
- RCRB11 (Rio Bravo Renda)
- VGRI11 (Valora Renda Imobiliária)
- VINO11 (Vinci Offices)
Considerações para investidores em FIIs de escritórios
Segundo os analistas, a chave para investir com sucesso nesse segmento é observar atentamente a taxa de vacância, a qualidade dos imóveis e o perfil dos inquilinos. Fundos com ativos localizados em regiões centrais, contratos de longo prazo e inquilinos sólidos tendem a apresentar maior estabilidade nos rendimentos e potencial de valorização das cotas.
Além disso, o cenário macroeconômico, como o comportamento da Taxa Selic, inflação e dinâmica do mercado de trabalho, também influencia diretamente a performance dos fundos de lajes corporativas.
Conclusão: Oportunidade com moderação
Embora o setor de escritórios ainda enfrente desafios, o Itaú BBA reforça que há oportunidades de compra com bom potencial de valorização. A recuperação deve ser gradual, mas os fundos recomendados já demonstram fundamentos sólidos e gestão eficiente, o que pode gerar retornos atrativos para investidores dispostos a manter uma visão de médio e longo prazo.
Perguntas mais pesquisadas sobre FIIs de lajes corporativas
1. Ainda vale a pena investir em FIIs de escritórios em 2025?
Sim, principalmente nos fundos com boa localização, gestão profissional e estratégias para reduzir a vacância.
2. Quais os riscos ao investir em FIIs de lajes corporativas?
Os principais riscos são alta vacância, imóveis com padrão técnico inferior e contratos de locação de curto prazo.
3. Como saber se um FII está descontado?
Compare o valor da cota com o valor patrimonial (P/VPA), analise o histórico de dividendos e a taxa de vacância.
4. Fundos com vacância alta são ruins?
Nem sempre. Alguns fundos possuem estratégias ativas de locação e modernização que podem reverter esse cenário no médio prazo.
5. O que é vacância física em FIIs?
É o percentual da área total dos imóveis do fundo que está desocupada, impactando diretamente no rendimento distribuído aos cotistas.
Sou Felipe Ayan, um apaixonado pelo mercado financeiro. Desde cedo, me encantei com o poder que o conhecimento financeiro tem de transformar vidas. Ao longo dos anos, mergulhei de cabeça nesse universo, estudando, investindo e compartilhando tudo o que aprendo.